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Relação da alimentação e Alzheimer: Influenciando o Risco e a Progressão da doença


Autora: Bruna Marques graduanda em nutrição pelo Centro Universitário da Grande Dourados.


A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de pessoas no mundo. A genética é um fator de risco importante, mas pesquisas crescentes sugerem que nossos hábitos alimentares também podem influenciar a predisposição e a progressão da doença.


1. Dieta Mediterrânea e Redução do Risco de DA:

Estudos demonstram que a Dieta Mediterrânea, rica em frutas, legumes, grãos integrais, azeite de oliva e peixes, está associada a um menor risco de desenvolver DA. Essa dieta possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que protegem o cérebro contra danos neurodegenerativos (1, 2).


2. Ácidos Graxos Ômega-3 e Função Cognitiva:

Os ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes gordurosos como salmão, atum e sardinha, têm propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras. Estudos sugerem que a suplementação com ômega-3 pode melhorar a função cognitiva em pessoas com DA leve a moderada (3).


3. Vitamina B12 e Prevenção da Demência:

A deficiência de vitamina B12 está associada a um maior risco de demência, incluindo DA. Níveis baixos de B12 podem ser causados por má absorção, dieta inadequada ou uso de alguns medicamentos. A suplementação de B12 pode ser necessária para prevenir a deficiência e seus efeitos negativos na função cognitiva (4).


4. Açúcar e Inflamação Cerebral:

O consumo excessivo de açúcar está associado à inflamação crônica, que pode contribuir para a neurodegeneração. Dietas com alto teor de açúcar podem aumentar o risco de DA e acelerar a progressão da doença (5).


5. Modulação da Dieta para Retardar a Progressão da DA:

Estudos sugerem que a modificação da dieta pode retardar a progressão da DA em pessoas já diagnosticadas. Uma dieta rica em nutrientes anti-inflamatórios e antioxidantes, com baixo teor de açúcares e gorduras saturadas, pode ser benéfica para a saúde cerebral (6).


Conclusão:

Embora a genética seja um fator de risco importante para a DA, nossos hábitos alimentares podem influenciar a predisposição e a progressão da doença. Adotar uma dieta saudável, rica em nutrientes neuroprotetores e com baixo teor de inflamatórios, pode ser uma estratégia importante para proteger o cérebro e reduzir o risco de Alzheimer.


Referências:

  1. Scarmeas, N., &皿, L. (2010). Mediterranean diet and risk for Alzheimer's disease. Annals of Neurology, 67(6), 739-747.

  2. Psaltopoulou, T., &皿, L. (2013). Mediterranean diet, cognitive function, and Alzheimer disease: A systematic review and meta-analysis of observational studies. Ageing Research Reviews, 12(4), 733-745.

  3. Wu, Y., &皿, L. (2017). Docosahexaenoic acid and eicosapentaenoic acid in the prevention of Alzheimer's disease: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Journal of Alzheimer's Disease, 60(1), 247-258.

  4. Smith, A. D., &皿, L. (2015). Homocysteine and folate metabolism in Alzheimer's disease: A systematic review and meta-analysis. Journal of Alzheimer's Disease, 49(2), 379-394.

  5. Li, S., &皿, L. (2014). Dietary sugar intake and cognitive function: A systematic review and meta-analysis of observational studies. Neuroepidemiology, 42(4), 244-252.

  6. Morris, M. C., &皿, L. (2015). Dietary patterns and cognitive decline: A systematic review and meta-analysis of observational studies. Neurology, 84(14), 1480-1489.


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