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Foto do escritorDébora Cruz

PSICOBIOLOGIA VERSUS NUTRIÇÃO: áreas correlatas que estudam o transtorno alimentar e o comportamento



Na contemporaneidade observa-se que mesmo com o desenvolvimento científico e

avanços tecnológicos, o termo Psicobiologia ainda é desconhecido por muitos, inclusive para as áreas correlatas da saúde. Cabe ressaltar, que a biologia é estudada desde o ensino

fundamental, médio, superior, mas quando se trata de comportamento ou psicossomatização ainda falta conhecimento, no senso comum é sabido que a matéria (corpo) é aplicada simplesmente noções e critérios da biologia, ou seja, células, e na psique o comportamento é o que pessoa demonstra, mas nesta matéria vamos entender que o processo vai além de células ou presença física (comportamento), mas o que envolve a essência do ser humano.


Entretanto, quando se trata de ensino teórico e prático torna-se imprescindível o embasamento  científico correlacionando os efeitos da: fisiologia, imunologia, bioquímica,

genética e do sistema nervoso, além das ciências exatas (medidas/quantidades...), humanas e sociais para compreender os  processos que se desenvolvem cognição (pensamentos/ fantasias/ideação/ juízo...) e desencadeiam comportamentos. Esses comportamentos podem somatizar com o: desejo, sentimento, prazer potencializando resultado biológico e cognitivo, cujo efeito aparece no corpo físico ou mental.


Quando se trata de atribuições das profissões vamos destacar os transtornos alimentares e a condição de aplicar os seus conhecimentos psicológicos, considerando que existem limites entre a Nutrição e Psicologia, portanto o acompanhamento de ambas as áreas, poderá ser de suma relevância para o tratamento de problemas  comportamentais através do substrato biológico. Os aspectos psicobiológicos relacionados à  manifestação do comportamento alimentar evidencia a relação entre os processos  biopsicossociais e da ciência nutricional.


Os transtornos alimentares são a percepção de como o corpo e o alimento influencia no

comportamento de diversas formas. Haja vista, que quando se trata do processo interno, está relacionado com o desenvolvimento da autoestima, autoconfiança. Já no processo externo esses transtornos estão condicionados nas relações sociais ou isolamento, na prática abusiva de exercícios físicos e alimentação exagerada. A decisão por mudar o comportamento alimentar, no entanto, se relaciona a alguns fatores como: as crenças pessoais, em relação à imagem que concebeu sobre o seu modelo de referência, a perturbação da própria imagem corporal e o temor exagerado de engordar. Neste sentido, chamo atenção “consulte um nutricionista”, este é o profissional que calcula o Índice de Massa Corporal (IMC) para avaliar o seu peso ideal, considerando tanto a saúde como a qualidade de vida e em parceria com o Psicólogo que propicia o equilíbrio da Razão X Emoção, o trabalho dos profissionais destacados não deve ser simplesmente por beleza física e exterior, mas para o bem estar e qualidade de vida.


Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) a saúde pode ser definida como um

estado de bem-estar físico, mental e psíquico e para que a pessoa tenha saúde é necessário

considerar a correlação entre a alimentação, processos comportamentais e fisiológicos.

Quando essa tríade não está em equilíbrio, poderá interferir na imunidade, na morbidade e na mortalidade do indivíduo. Dessa forma, é importante destacar à importância da carga

nutricional para a manutenção e equilíbrio dos processos fisiológicos e comportamentais

necessários para a sobrevivência da pessoa.


A alimentação saudável inclui comportamento alimentar adequado, de maneira a suprir

o organismo com os nutrientes responsáveis pelas atividades básicas indispensáveis a vida,

como temperatura corporal, respiração, fluxo sanguíneo, batimentos cardíacos, crescimento,

desenvolvimento e todas as demais funções vitais. Dessa forma, os nutrientes produzem a energia necessária para a manutenção dos processos comportamentais e neurofisiológicos, como síntese de hormônios, neurotransmissores, citoesqueleto e membranas celulares. Haja vista, que o processo é dinâmico e comanda a qualidade e a quantidade de ingestão de ingestão de alimentos e nutrientes, podendo causar desnutrição ou obesidade, que são os responsáveis diários nos distúrbios comportamentais da população mundial.


Quando ocorre uma alteração na dieta, seja de ordem quantitativa ou qualitativa, poderão ocorrer variações mínimas nas funções normais, desde pressão arterial, osmolalidade, pH, concentração iônica e alterações permanentes na quantidade de neurônios, na estrutura do

córtex, deixando o cérebro mais suscetível as agressões do ambiente, muitas vezes com

efeitos irreversíveis, como por exemplo as doenças neurodegenerativas. Ressaltando ainda que a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) afirma que a taxa de mortalidade por anorexia é um dos principais transtornos alimentar e é estimado um percentual elevado considerado altos taxa de ocorrência da doença. “Entre as patologias mais frequentes encontra-se a anorexia, bulimia, compulsão alimentar, mas além dessas o transtorno abrange algumas menos conhecidas, como ortorexia, vigorexia, síndrome de gourmet e o transtorno alimentar noturno”.


Quando o insucesso acontece, o relacionamento com a comida já está em um grau elevado e está instalada a doença. Por privação ou por excesso. No caso da anorexia o hipocampo como parte do cérebro responsável pelo consumo de alimentos e pelo processo de aprendizagem fica exposta a abstinência quase total de alimentos, e toda a sua fisiologia se

encontra afetada. Dessa forma o organismo desestabiliza e compromete o funcionamento cognitivo. Considera-se, que o sofrimento psíquico denuncia a doença no corpo físico,

manifestando-se com consequências clínicas: sinais e sintomas. Neste contexto, pode se dizer privação ou excesso de alimento, pode causar instabilidade emocional e hormonal, refletindo no bem estar e qualidade de vida.


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