top of page
Foto do escritorGabriel Alves Penkal

Neuronutrição na ótica da ansiedade



Site pinterest, (2022)


Oque é Ansiedade

A ansiedade é explicada como uma condição mental anormal que é caracterizada principalmente por mudanças no comportamento de indivíduos, podendo ser ocasionada por traumas, condições genéticas entre outros fatores. Para D´ ávila, et al., (2020) a patologia é um sentimento interligado entre sentir um vazio, medo e ou preocupação excessiva com algo que na maioria das vezes ainda não aconteceu ou não irá acontecer, esses sentimentos implicam em sintomas físicos como aumento dos batimentos cardíacos e sudorese (suor) excessiva.


Como reações ansiolíticas são produzidas no cérebro


Quando há algum fator de estresse no organismo, um sinal é enviado em forma de estímulo sensorial por via neural. No cérebro, na região do tálamo essa informação é enviada em direção a amígdala e hipocampo. A amígdala é responsável pela expressão de medo e agressão, frente a tais situações ela recupera memórias emocionais relacionadas ao medo.


O complexo amigdalóide funciona como o ‘’centro de análise das circunstâncias’’ – por meio da comparação de experiências/memórias vividas com a experiência atual, gerando o aumento de alerta. Estudos demonstram que a ativação de forma crônica da amígdala uma resposta mais reativa ao estresse, portanto o mesmo estímulo estressor é capaz de gerar uma resposta muito mais acentuada, gerando uma alteração na percepção emocional, como ansiedade por exemplo. (Martin, et al., 2009).


No aparelho cerebral, o sistema límbico é responsável por abrigar as estruturas de processamento de emoções no cérebro. Esta estrutura, além de integrar os componentes sensoriais, afetivos e cognitivos da dor, também processa informações sobre o estado corporal interno do indivíduo. (Martin, et al., 2009).


De acordo com AFONSO, A; REINAS, C; et al., alguns neurotransmissores como a serotonina 5-HT por exemplo são os principais mediadores químicos que agem atuam na ansiedade e outros comportamentos mentais. Tanto o bloqueio de seus receptores, quanto o bloqueio da sua síntese, produzem efeitos ansiolíticos. Esse neurotransmissor exerce um duplo papel na regulação da ansiedade – ansiogênico na amígdala e ansiolítico na matéria cinzenta periaquedutal dorsal (MCPD).


Estratégias nutricionais para o controle da ansiedade


Os precursores dos neurotransmissores são ácidos graxos ômega-3, vitamina B e aminoácidos, portanto, sua deficiência está ligada aos transtornos mentais, sendo de

extrema importância o consumo de alimentos fontes dessas vitaminas. A deficiência dos mesmos pode ser bastante prejudicial para a piora dos sintomas de doenças neurodegenerativas ou transtornos mentais (Fernandes, et al., 2020)


Smith; et al., (2019) concluiu que determinadas dietas e hábitos alimentares, apresentaram efeitos protetores a respostas neurocecebrais estressoras, o maior consumo de grãos integrais, vegetais e baixa ingestão calórica apresentaram resultados significativos relacionados à melhora em quadros depressivos, ou seja, uma dieta menos inflamatória e menos calórica se mostrou benéfica, como no caso de dietas mediterrâneas. A adoção de uma dieta menos saudável foi significativamente associada à gravidade dos sintomas de ansiedade e depressão


Dietas contendo carboidratos de elevado índice glicêmico (os de estruturas mais simples) são responsáveis por ativar as regiões de prazer e felicidade no cérebro, mas por outro lado, justamente por exercer esse mecanismo de ação, estudos comprovam que seu uso não se mostrou benéfico no controle e profilaxia dos transtornos mentais.


O consumo de alimentos funcionais como aveia e outros grãos, frutas pigmentadas como amora, ameixa, mirtilo, morango e etc. podem ser consumidos em maior quantidade, visto que possuem minerais, vitaminas e aminoácidos que participam no processo de síntese dos neurotransmissores.


A adoção de uma dieta normocalórica é uma boa estratégia, porém, deve-se priorizar os alimentos funcionais e uma distribuição energética fracionada em um grande número de refeições, mas com um menor volume alimentar, juntamente com exercícios físicos aeróbios e suplementação de vitaminas e aminoácidos especiais para a patologia, a prescrição será indicada por nutricionista e médico.


O papel das vitaminas e do Triptofano


Os precursores dos neurotransmissores são ácidos graxos ômega-3, vitamina B e

aminoácidos, portanto, sua deficiência está ligada aos transtornos mentais, sendo de extrema importância o consumo de alimentos fontes dessas vitaminas. A deficiência dos mesmos pode ser bastante prejudicial para a piora dos sintomas de doenças neurodegenerativas ou transtornos mentais (Fernandes, et al., 2020)


A vitamina D (1,25-dihidroxivitamina) pode regular aspectos da morfologia do cérebro, fisiologia e comportamento, desempenhando um papel extremamente importante no sistema nervoso central. Várias linhas de evidência mostram que a vitamina D modula o desenvolvimento, neurotransmissão, neuroproteção e imunomodulação do cérebro (Cui, et al., 2017).


Estudos afirmam que baixos níveis no sangue da vitamina D, podem exercer papel prejudicial na síntese de dopamina (neurotransmissor da motivação) e serotonina (neurotransmissor do prazer), portanto indivíduos que apresentam deficiência dessa vitamina, estão em maior risco de desenvolver depressão e consequentemente ansiedade. (Schaad, et al., 2019).


As vitaminas do complexo B que também são responsáveis metabolicamente na síntese de neurotransmissores do sistema nervoso central, um consumo adequado mostrou-se importante para um bom funcionamento do sistema nervoso central. Proteínas animais, leguminosas, hortaliças e frutas são alguns dos alimentos fonte de tais vitaminas. (Barbosa, et al., 2020)


Estudiosos da Alemanha realizaram um experimento com camundongos, onde o notou-se que a deficiência de magnésio é responsável pelas mudanças no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal auxiliando a hiper-emocionalidade, implicando em alterações quue desencadeiam comportamentos de ansiedade. Os efeitos usando o magnésio como forma de tratamento foram benéficos na melhora do quadro do comportamento de ansiedade nos camundongos (Sartori, et al, 2012).


Zanello, (2012) após realizar um estudo de cunho experimental, observou que o aminoácido L-Triptofano pode atuar na regulação do humor, estresse e agressividade por conta de ser responsável pela síntese de 5-HT (serotonina), portanto, um consumo adequado promove melhora na produção do estresse oxidativo e sensação de bem estar emocional.



Referências:



BAKLIZI, Gabriela; BRUCE, Beatriz; et al. Neuronutrição na depressão e transtorno de ansiedade. Centro universitário de Brasília - BR, v. 10, n. 17, p. 2 - 8, Dezembro, 2021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/24454/21344/288537. Acesso em: 05/05/2022.


FREITAS, Fernanda; MEDEIROS, Anna; et al. Benefícios da alimentação para reduzir a ansiedade em tempos de COVID-19. Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, p. 3 - 16, Abril, 2020. Disponível em: https://wp-sites.info.ufrn.br/admin/wp-content/uploads/sites/4/2020/04/Cartilha_Beneficios_Alimentacao_Ansiedade.pdf. Acesso em: 05/05/2022.


MAGRINELLI, Ariadne. Bases Neurobiológicas da Ansiedade. Ciênciasecognição.org. Rio de Janeiro - RJ, 23, novembro. 2014. Disponível em: http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/arquivos/1942. Acesso em: 05/05/2022.


Site pinterest. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/162340761555902028/. Acesso em: 05/05/2022.


Site pinterest. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/12877548914545674/. Acesso em: 05/05/2022.


Site pinterest. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/247135098280175627/. Acesso em: 05/05/2022.


40 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

コメント


bottom of page