As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) tem se tornado um problema de saúde pública, e vem ganhando prioridade na área da saúde no Brasil e no mundo. As DCNT são multifatoriais e se desenvolvem no decorrer da vida com longa duração.
As principais DCNT são (doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, diabetes mellitus e câncer) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). O câncer é uma doença crônica caracterizada pelo crescimento anormal de células novas a partir de mutação genética, mudando a atividade habitual da célula. O estilo de vida é o principal causador de câncer associado à alimentação desequilibrada, falta de atividade física, tabagismo e uso de álcool (INCA, 2020).
A dieta é um dos principais fatores que podem exercer uma grande influência no risco de câncer colorretal. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar (2020) o consumo de produtos enlatados, frituras, cereais em má-conservação, carne curadas, defumadas e vermelha possuem potencial carcinogênico.
Os fatores alimentares implicam direto no efeito regulatório sobre as bactérias da flora intestinal, o consumo em longo prazo e em grandes quantidades de carnes vermelhas e alimentos ricos em gordura podem aumentar a proporção de patógenos condicionais, como a Fusobacter iumnucleatum (Fn), e essas bactérias têm potencial carcinogênico, os metabólitos podem causar disfunção de barreira, inflamação e várias outras alterações prejudiciais que aumentam o risco de CRC.
Em um estudo feito por Sonobeet al. (2012), concluiu que existem associações indicando que a o consumo de carne vermelha está associado cerca de 28% a 35% no aumento do risco de câncer colorretal, enquanto a carne processada, está se associou de 20% a 49% no aumento de risco de desenvolvimento desse mesmo câncer. Essa associação pode ser devido a uma combinação de vários fatores relacionados ao conteúdo de gordura, proteína, ferro e a preparação da carne, por exemplo, os métodos de cozimento e conservação. Estudos associam o consumo de carne vermelha com possíveis interações entre compostos mutagênicos (CROSS; SINHA 2004).
Referência:
Lucas Arcanjo Teodoro et al. 2021. “Avaliação dos padrões alimentares na prevenção do câncer de intestino”, International Journal of Development Research, 11, (04), 46046-46051.
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