Você tem ideia de como é?
No Pantanal Sul-mato-grossense existe um número extenso de gados que são cuidados para abate com consumo interno e externo (cortes para exportação). Para que o gado chegue aos frigoríficos, os peões pantaneiros, precisam percorrer vários quilômetros de terra manejando o rebanho.
Junto com a comitiva dos peões existe o cozinheiro que vai sempre na frente para preparar a refeição, que geralmente é sempre a mesma.
Os peões pantaneiros acordam de madrugada para levar o gado ao seu destino, que pode durar dias, ou meses. Para isso os peões precisam estar bem alimentados, e são dois pratos típicos fixos que fazem parte do cardápio: arroz carreteiro e o macarrão tropeiro.
O arroz carreteiro é feito com carne bovina (que pode ser o aproveitamento da carne de churrasco) e arroz. Já o macarrão tropeiro é feito com massa seca e carne seca.
Pela manhã come-se o quebra torto que é comida, geralmente o arroz carreteiro, no almoço e jantar também pode ser o arroz carreteiro ou macarrão tropeiro.
Outros alimentos importantes durante o percurso: tereré ao longo do dia, sendo uma fonte de cafeína, café, bolacha pantaneira (dura, redonda e grande com o tamanho aproximado de um pires de café), rapadura ou goiabada de lata compõem a dieta como sobremesa.
As saladas geralmente são cebola e tomate, porque não existe geladeira. Não é possível se alimentar de folhas, pois não há onde armazenar.
Normalmente se faz uma légua por dia que corresponde aproximadamente a 7 ou 8 quilômetros para o gado não perder peso, pois o gado come e pasta ao mesmo tempo. Por isso a dieta pantaneira da comitiva é tão restrita e calórica.
O peão pantaneiro fica no lombo do cavalo desde a alvorada até o anoitecer.
Viva o homem pantaneiro!
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