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Foto do escritorNUTRIÇÃO UNIGRAN CAPITAL

Extremismos na nutrição

Atualizado: 31 de mar. de 2022

Os extremos na nutrição nunca são bons, seja para qualquer temática, já o olhar crítico e saudável é a saída para a condução e opção nutricional adequada.


Em sala de aula eu e os meus alunos conversamos muito sobre essa temática e de como é importante conhecermos sobre assuntos importantes e atuais.


Vamos fazer a seguinte reflexão!


Em casa no seu café da manhã, você faz o consumo dos seguintes alimentos: leite desnatado com café sem açúcar, pão integral com manteiga e maça.


Qual é a classificação desses alimentos de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira?

Leite desnatado tem classificação no grupo 1: alimentos in natura ou minimamente processados.

Pão integral tem classificação no grupo 3: alimentos processados.

Maça tem classificação no grupo 1: alimentos in natura ou minimamente processados.

Maça tem classificação no grupo 1: alimentos in natura ou minimamente processados.


De acordo com a classificação do Guia essa alimentação está adequada.


Qual é a classificação desses alimentos de acordo com a Alimentação Cardioprotetora (2018)?

- leite desnatado tem classificação no grupo verde.

- pão integral tem classificação no grupo amarelo.

- manteiga tem classificação no grupo azul.

- maça tem classificação no grupo verde.


OBS: o grupo verde é o que tem maior flexibilidade no consumo.


De acordo com a Alimentação Cardioprotetora essa alimentação está adequada.


Qual desses alimentos tem aditivos alimentares? Resp: O leite, a manteiga e o pão.


Qual desses alimentos tem agrotóxicos? Resp: A maça.


As perguntas que devemos nos fazer são: O que queremos saber? Para que queremos saber? Por que queremos saber? Esses questionamentos mudam totalmente a perspectiva nutricional desejada.


Dependendo do objetivo e das necessidades do paciente, a conduta e a indicação nutricional deverá ser diferente.


Por exemplo, se o seu paciente precisa remover agrotóxico da dieta, você vai ter que indicar o consumo de frutas orgânicas, mas se o seu paciente precisa reduzir aditivos alimentares, essa restrição é maior. No caso do pão, a farinha tem aditivo devido ao melhorador e os conservantes. No leite tem a lecitina de soja que é um emulsificante.


Chamo aqui de extremismo a indicação muitas vezes equivocada de que não devemos consumir nenhum aditivo alimentar, por exemplo. Afinal, até o bolo caseiro da vovó, cheio de memórias afetivas e acolhimento, possui aditivo por causa do fermento, da manteiga ou do leite, entre outras possibilidades.


Dependendo do quadro do paciente e do que se espera como resultado, essa mesma composição de café da manhã pode ser boa ou ruim.


Referências:


BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade de São Paulo. FASCÍCULO 1. PROTOCOLOS DE USO DO GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR: BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS E PROTOCOLO PARA A POPULAÇÃO ADULTA. Brasília – DF. 2021.


BRASIL, Ministério da Saúde. Hospital do Coração. Alimentação Cardioprotetora: manual de orientações para profissionais de saúde da atenção básica. Brasília, 2018. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_cardioprotetora.pdf. Acesso em: 14 ago. 2021.






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