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Foto do escritorSabrina Kaely

Baixo consumo de frutas e vegetais e a pressão arterial alta


Um estudo publicado em janeiro deste ano no The BMJ Nutrition Prevention e Health associou o fornecimento de frutas e vegetais com a pressão arterial em 159 países de 1975 a 2015, o objetivo era verificar se os países atenderam à recomendação da OMS em relação ao consumo destes alimentos e se essas tendências estavam associadas a mudanças nos níveis de pressão arterial (PA).


Há fortes evidências epidemiológicas de que o consumo de frutas e vegetais contribui para a saúde cardiovascular por meio do fornecimento de uma variedade de micronutrientes e fitoquímicos, as doenças cardiovasculares (DCVs) são a principal causa de morte em todo o mundo, sendo a pressão arterial elevada e o baixo consumo de frutas e vegetais os principais fatores de risco modificáveis. Sendo assim, essa evidência sustenta a recomendação da OMS de consumir pelo menos 400 g (ou cinco porções) de frutas e vegetais frescos diariamente.


O estudo mostrou que a oferta global de frutas e vegetais aumentou de 1975 a 2015; no entanto, embora as recomendações da OMS tenham sido atendidas globalmente, essa meta não foi alcançada em quase metade dos países estudados, muitos dos quais em regiões de baixa renda. Também foi demostrado associações significativas entre o fornecimento de frutas e vegetais e a prevalência elevada de PA, ou seja, baixo consumo de frutas e verduras, maior pressão arterial.


Os autores reforçam a necessidade urgente de políticas nacionais e internacionais para expandir a produtividade de frutas e hortaliças, a fim de garantir o abastecimento sustentável destes alimentos, especialmente em países de baixa renda. Isso, combinado com programas de saúde pública, é essencial para reduzir a carga de doenças não transmissíveis nos níveis nacional e global.


Artigo:


OUDE GRIEP, L.M., BENTHAM, J., MAHADEVAN, P. Worldwide associations of fruit and vegetable supply with blood pressure from 1975 to 2015: an ecological study BMJ Nutrition, Prevention & Health 2023;e000455. doi:10.1136/bmjnph-2022-000455.

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