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Foto do escritorGabriel Alves Penkal

Atenção Nutricional no Alzheimer


Fonte: Pinterest, 2022.



Oque é a Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é uma complicação neurológica que se caracteriza pela redução das atividades de cunho cognitivo e de memória no cérebro.


Segundo Jones, Jr. (2006), a doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo causado pela deposição excessiva da proteína b-amilóide no cérebro, essa proteína pode se agrupar e formar pequenas placas no aparelho neural, possibilitando inflamações e bloqueando as conexões nervosas, além de provocar danos e morte celular.


Estudos apontam que Isso ocorre porque durante o processamento da proteína precursora do amilóide, um composto que garante a manutenção e integridade da função sináptica, há de forma esporádica uma desregulação na produção da proteína b-amilóide, esse quadro indica uma condição auto imune que compromete a saúde das conexões nervosas.


Dentre os fatores etiológicos relacionados a Doença de Alzheimer (DA) estão: hereditariedade, alimentação que possa causar danos neurológicos, como consumo de álcool e drogas, síndromes metabólicas, senescência (envelhecimento) e demência também é evidenciada.


Atuação do nutricionista no tratamento e prevenção da doença

Portadores de Alzheimer podem apresentar agressividade, depressão, ansiedade, pânico e muitas outras patologias associadas ao estado emocional, além de complicações relacionadas a idade e estilo de vida, visto que na maioria dos casos os indivíduos estão na fase de velhice.


O profissional Nutricionista pode contribuir de forma significativa na melhora das crises emocionais por meio da alimentação, prevenir e tratar possíveis deficiências nutricionais que possam vir a agravar ainda mais a doença, elaborar estratégias alimentares para melhora na qualidade de vida do paciente e proporcionar o auxílio nutricional completo, garantindo segurança aos familiares.


Tratamento Dietoterápico na fase ativa

Uma boa estratégia nutricional inclui a utilização de nutrientes específicos e alimentos funcionais, que apresentam um papel significativo na proteção do paciente com DA (MEDEIROS et al.,2016).


Os alimentos funcionais possuem propriedades antioxidantes e consequentemente anti-inflamatórias, que facilitam o bom funcionamento do organismo e previnem reações inflamatórias, porque fortalecem o sistema imune.


De acordo com Gregório et al. (2019) a ingestão de vitamina B3 está inversamente associada à DA, tendo um efeito protetor no desenvolvimento da doença e no declínio cognitivo, visto que a niacina (B3) é importante a promoção de energia no cérebro e garante o funcionamento do SNC.


Deve-se garantir uma dieta adequada ao portador do Mal de Alzheimer, que inclua proteínas e calorias em níveis adequados de acordo com idade, sexo e atividade. Pessoas com Alzheimer podem necessitar de 35 kcal/kg de peso corporal (RÉQUIA e OLIVEIRA, 2006).


A dieta dos pacientes deve conter níveis mais elevados de proteína com diminuição de carboidrato desde o início do tratamento da doença, o objetivo é manter os níveis de neurotransmissores como serotonina, adrenalina e dopamina. Os neurotransmissores precisam de alguns precursores, como triptofano, colina e tirosina, que estão presentes nos alimentos proteicos (GREGORIO et al., 2019).


Terapia Nutricional na prevenção

Os ácidos graxos ômega 3 e 6 desempenham importante papel na fluidez de membranas cerebrais, as vitaminas do complexo B estão relacionadas a produção de neurotransmissores, e minerais como selênio e magnésio controlam os níveis dos neurotansmissores, garantindo uma boa e adequada proliferação celular cerebral.


A suplementação combinada de antioxidantes como a vitamina C e vitamina E, tem sido utilizada para reduzir a incidência do mal de Alzheimer (MEDEIROS et al.,2016).


Segundo Bartiola (2010) alguns estudos associam o adequado consumo de vitaminas C e E e selênio com redução do estresse oxidativo, implicando em menor dano cerebral e maior preservação cognitiva.


Um estudo de coorte acompanhou cerca de 8.085 idosos (idade igual ou maior que 65 anos) durante 4 anos e demonstrou que o consumo semanal de peixes fonte de ômega 3, teve um efeito protetor significante no desenvolvimento da DA e de outras demências (CANHADA, 2015).


Uma alimentação menos inflamatória é ideal para a prevenção de diversas doenças, portanto no Alzheimer o consumo de alimentos funcionais, anti-oxidantes e anti-inflamatórios demonstram excelentes resultados na prevenção.



Referências:


BALBINO, Carolina. A influência da alimentação no tratamento da doença de Alzheimer. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.3, p. 10279-10293, maio-junho, 2021. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/viewFile/29583/23326. Acesso em: 30/06/2022.


BIGUETI, Bruna., LELLIS, Julia., DIAS, Juliana. Nutrientes essenciais na prevenção da doença de Alzheimer. Revista Ciências Nutricionais Online, Bebedouro SP, v.2, n.2, p.18-25, 2018. Disponível em: https://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cienciasnutricionaisonline/sumario/62/13042018180525.pdf. Acesso em: 27/06/2022.


Site Pinterest. 2022. Disponível em: https://pin.it/1TIedsL. Acesso em: 27/06/2022.

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