O leite materno é uma fonte alimentar altamente nutritiva para os recém-nascidos, principalmente nos primeiros 6 meses de vida, período no qual a criança deve se alimentar de forma exclusiva do leite.
O leite secretado nos primeiros dias pós parto se chama colostro, sendo de alta concentração proteica, de proteínas não nutricionais, ou seja, proteínas relacionadas aos aspectos imunológicos. Essa composição é coerente com as necessidades do recém-nascido que necessita muito mais de proteção para essa fase extrauterina. Em seguida vem o leite de transição, presente até duas semanas após o parto, para aí sim o leite se tornar maduro, ou seja, com uma composição mais estável. Esse apresenta uma série de nutrientes, começando pela proteína, que varia de 1,2 a 1,5g/dL na composição do leite. É representada por 60% de proteínas do soro (alfa-lactalbumina, imunoglobulinas, enzimas) e 40% de caseína. Também há a presença do carboidrato, com 7,0g/dL de lactose, sendo este o carboidrato mais expressivo e com papel protetor para o lactente. A alta quantidade de lactose do leite humano, diferentemente do leite de vaca, é favorável ao metabolismo do sistema nervoso, uma vez que a galactose é constituinte do tecido nervoso e cerebral. Além disso, a lactose favorece a absorção de cálcio, fósforo e magnésio. Essa ação pode ser considerada fator anti-raquitismo. Na composição acresce ainda os lipídios, o componente energético mais importante do leite humano. A quantidade total de lipídios do leite materno é de 3,5g/dL. O conteúdo lipídico é constituído por 97% de triglicerídeos e quantidades pequenas de fosfolipídios, colesterol e ácidos graxos livres. Por fim, também há uma taxa de minerais, oligoelementos, imunoglobulinas e todas as vitaminas suficientes para as necessidades do bebê, com exceção apenas da Vitamina D.
Vale dar destaque que o leite materno contém tudo que o bebê precisa até o 6º mês de vida, deste modo, a oferta de água, chás ou qualquer outro alimento sólido ou líquido, aumenta a chance de o bebê adoecer, além de substituir o volume de leite materno a ser ingerido, que é mais nutritivo. Segundo a academia americana de pediatria (2005) o aleitamento materno diminui a incidência de infecções respiratórias, diarreia, infecção do trato urinário, morte subida, diabetes, leucemia, excesso de peso, entre outros. Dessa forma, é mais do que evidente a importância e conscientização da alimentação adequada nesse período de vida.
Referências:
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro. Ed. Rubio, 2008.
Nessa fase o aleitamento materno exclusivo é muito importante pois só assim o recém nascido consegue se nutrir e se hidratar de forma adequada! Muito bom o conteúdo de vocês e bem explicado, eu tenho um material que pode complementar os conteúdos de vocês sobre leite materno e leites maternizados, no meu curso de lactárista recebemos um apostilado completo sobre, caso se interessem podem entrar em contato comigo, meu número é 1199779-3002